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Perguntas Frequentes


Hérnia do hiato – Sintomas?

As queixas principais são a azia e a regurgitação, ou seja, uma sensação de subida de conteúdo do estômago na direção da garganta. Uma hérnia de grandes dimensões pode também causar dificuldade na passagem dos alimentos, com dificuldade em engolir (disfagia). Mas nem todas originam estes sintomas, pois é necessário que, em simultâneo, exista um mau funcionamento do músculo que está no fim do esófago, o esfíncter esofágico inferior. Este tem a função de impedir que o conteúdo do estômago, muitas vezes ácido, passe para o esófago (refluxo gastro esofágico).

Mais de 40% das pessoas têm uma hérnia do hiato por deslizamento, mas a maioria está assintomática e quando não está os sinais costumam ser de pouca importância. No entanto, se ficar presa ou comprimida pelo diafragma e não lhe chegar sangue suficiente, trata-se de um problema grave e doloroso, chamado estrangulamento, que requer cirurgia imediata.

Em casos excecionais, pode ocorrer hemorragia microscópica ou maciça do seu revestimento.


Otite serosa – O que é?

Corresponde à presença de líquido mucoso/seroso não infetado nas cavidades do ouvido médio, quem que haja sinais inflamatórios agudos (febre ou dor). Este fluido pode acumular-se como resultado de uma constipação, dor de garganta ou infeção respiratória superior. Geralmente é autolimitada, o que significa que se resolve entre 4- 6 semanas. No entanto, em alguns casos, pode persistir por um longo período de tempo e causar uma diminuição temporária da audição ou infetar e causar otite média aguda.

A otite serosa é mais comum em crianças entre os 6 meses e os 3 anos e afeta mais o sexo masculino do que o feminino. A condição ocorre com mais frequência nos meses de outono e inverno e é geralmente subdiagnosticada devido à falta de sintomas agudos ou óbvios (em comparação com a otite média aguda).


Incontinência urinária – O que é?

A incontinência urinária define-se como a perda involuntária de urina. Estas perdas têm com frequência associado um enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico e/ou hiperatividade não controlada da bexiga, dependendo da causa e grupo etário a que se reporta.

O aparelho urinário inferior é constituído pela bexiga (órgão que armazena a urina) e pela uretra (canal através do qual a urina se exterioriza), que tem um esfíncter muscular.

A capacidade de armazenar e eliminar a urina exige uma série complexa de mecanismos inter-relacionados que envolvem o cérebro, a bexiga, a uretra, os músculos e os nervos do pavimento pélvico.

À medida que a urina é produzida e armazenada na bexiga, a musculatura da bexiga (músculo detrusor) relaxa e distende-se para a poder acomodar. Quando o enchimento da bexiga atinge um determinado limite (que varia de pessoa para pessoa), sente-se vontade de urinar. Quando o momento for apropriado para a micção, o cérebro sinaliza o músculo detrusor para se contrair e o esfíncter da uretra para se relaxar, permitindo que a urina seja eliminada. Normalmente a bexiga precisa de se esvaziar quatro a oito vezes por dia e uma a duas vezes à noite. A uretra e a bexiga são sustentadas pelos músculos do pavimento pélvico (grupo de músculos que suporta a uretra e os órgãos pélvicos), que se contraem durante um esforço físico para ajudar a prevenir as perdas de urina.

Estima-se que os problemas de incontinência urinária afetem cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo as mulheres a população mais afetada por este problema, embora também existam vários homens afetados.

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 600 mil incontinentes: três em cada dez mulheres e um em cada dez homens são afetados pela incontinência urinária. 

Existem vários tipos de incontinência urinária:

Incontinência Urinária de Esforço (IUE) – o esforço físico (exercício, tosse ou espirro) coloca pressão sobre a bexiga, a uretra é incapaz de permanecer encerrada e há perdas de urina. Neste caso a anomalia ou fraqueza encontra-se na uretra ou no pavimento pélvico.
Incontinência Urinária de Urgência (IUU) – a IUU é causada por contrações anómalas e involuntárias da bexiga (habitualmente o músculo da bexiga não se contraí até que estejamos na casa de banho, prontos para urinar). Estas contrações anómalas, que ocorrem sem aviso prévio, empurram a urina através da uretra e podem provocar perdas.
Incontinência Urinária Mista (IUM) – coexistência de sintomas de IUE e IUU. Deve-se tentar determinar quais os sintomas que predominam e que mais incomodam a doente. O tratamento envolve a abordagem terapêutica de ambas as formas de incontinência.
Incontinência Urinária de Refluxo – perda involuntária de urina por sobredistensão de uma bexiga hipotónica.
Incontinência Urinária Funcional – este tipo de incontinência ocorre quando o doente, depois de reconhecer a necessidade de urinar, não tem capacidade de chegar a tempo à casa de banho, por mobilidade limitada ou doença neurológica que a impeça de planear essa acção de forma estruturada.


*Os dados contidos nessa base de conhecimento são estritamente informativos, e não dispensa a consulta ou atendimento por profissional especializado na área.

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